As obras de construção do Hospital Pediátrico do Huambo, projectado há mais de 10 anos, arrancaram esta segunda-feira, no interior desta cidade.
O lançamento da primeira pedra, que marca o início da obra, foi orientado pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, que cumpre uma jornada de trabalho de dois dias nesta região do planalto central.
A construção da infra-estrutura, com capacidade para 200 camas, está inserida no Programa de Investimento Público (PIP), tendo em conta as necessidades do Governo Angolano de alargar e melhorar o sistema nacional de saúde.
Com a sua conclusão prevista para um período de dois anos, a empreitada, a ser erguida numa área de 27 mil metros quadrados, vai custar aos cofres do Estado angolano mais de 123 milhões e 703 mil euros.
O futuro Hospital Pediátrico do Huambo deverá comportar quatro pisos e um térreo que, para além das enfermarias, vão comportar quatro blocos, três salas de partos, de serviços de urgências, fisioterapia, imagiologia, endoscopia e departamentos administrativos.
Para além das consultas e internamentos de pediatria e maternidade, o empreendimento vai, igualmente, prestar serviços de diagnóstico nas áreas de raio X, radiofluoroscopia, ultrassonografia, mamografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Segundo a governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, a concretização projecto dará maior dignidade ao atendimento das crianças e as suas mães que serão tratadas no seu interior.
De acordo com a governante, a construção de um hospital do género impõe-se a julgar pela actual situação do funcionamento da secção de pediatria do Hospital Geral, que se mostra, cada vez mais, incapaz para responder a demanda e com necessidades de serviços especializados para a melhoria da assistência médica e medicamentosa dos pacientes.
Por isso, apelou ao empreiteiro celeridade na execução da obra, para que as suas valências se reflictam, o mais rápido possível, na vida da população da região.
Por sua vez, a ministra da Saúde fez saber que o futuro Hospital vai prestar serviços de pediatria, obstetrícia e maternidade à altura das necessidades actuais da província do Huambo e do país em geral.
Por essa razão, explicou que foi concebido como uma unidade hospitalar de referência, no sentido de atender não só a província do Huambo, mas também outras do país, sobretudo as circunvizinhas.
Ainda em termos de valências da unidade, informou que vai associar a vertente de prestação de assistência diferenciada à população e diagnósticos dos pacientes, a componente formativa para a contínua capacitação dos quadros do sector.
Melhoria da rede primária entre as apostas
A ministra Silvia Lutucuta reafirmou, ainda, a aposta em continuar a melhorar a rede primária do sector, com recursos financeiros do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
Segundo a responsável, através deste programa, o Ministério está a construir e a reabilitar infra-estruturas de nível primário, a reforçar o sistema de saúde com recursos humanos e a cadeia logística.
Estas acções, continuou, visam permitir com que as unidades hospitalares de referência atinjam, nas zonas onde estão implantadas, os objectivos, quer na vertente da assistência diferenciada como na formação de quadros com a competência necessária.
“É nosso desafio a contínua prestação dos serviços humanizados à população, através de melhores condições de trabalho, profissionais qualificados e comprometidos”, referiu.
O sector da Saúde da província do Huambo dispõe de 256 unidades sanitárias, entre hospitais,centros e postos de saúde.
A região, cuja capital com o mesmo nome está localizada a 600 quilómetros a Sul da capital do país (Luanda), tem uma população estimada em dois milhões 645 mil e oitenta habitantes, distribuídos em 11 municípios, numa extensão territorial de 35 mil 771 quilómetros quadrados.